sábado, 14 de junho de 2014

Resenha: A Ideia, do autor Lucas Chagas

OLÁ AMANTES POR LIVROS,

Apresentamos hoje a resenha do livro A Ideia, do autor parceiro Lucas Chagas. Adianto que este livro apresenta uma grande complexidade, pois, mostra grandes reflexões que fazemos no nosso dia a dia. Por este motivo, encarar um livro deste tipo, é nos defrontarmos com nós mesmos. Acrescento ainda, que o livro varia de acordo com o humor do leitor, mas que existe uma coisa única: todos irão se voltar para o interior de si mesmos com esta obra. Chame a atenção?! Que tal ler algumas informações, sinopse de pois a opinião sobre a obra?! Boa leitura.

FICHA TÉCNICA

Título: A Ideia
Autor: Lucas Chagas:
Editora: Novo Século (Selo Novos Talentos)
Páginas: 421
Nota: 3,5/5


SINOPSE

Um homem, no limite do sofrimento, decide compartilhar sua jornada e escreve a mais sincera declaração de amor. Dessa forma, ele leva até você, leitor, a trajetória vívida de uma paixão que, sem imaginar, mudaria sua forma de ver a vida. Beatrice Dumont, 23 anos, estava habituada à mesmice da sua vida, mas percebe, durante uma noite de forte chuva, que aproveitava pouco sua juventude. E tudo parece piorar quando ela se apaixona por Benjamim. Porém, ela nem imagina o que a espera... Sem achar uma luz no fim do túnel, sente a necessidade de dar um passo em direção à mudança de vida. Mas o que ela parecia ter esquecido é que a felicidade, muitas vezes, pode trazer consigo perdas irreparáveis, principalmente quando os laços afetivos com as pessoas que amamos são muito fortes. A Ideia não é uma história de um amor perfeito, no qual o universo conspira a favor. É uma história de luta pelo amor, quando tudo parece estar contra. Fala da vida em sua brevidade, sem deixar de lado os instantes que fazem dela algo eterno. 

RESENHA

Beatrice é uma mulher que vive inerte em seus pensamentos. Universitária, passas seus dias entre as obrigações do seu curso e refletir sobre a vida. Ela tem amigos como a Brenda e o Jorge que tornam sua vida mais sociável, se divertindo em bares, shows e cinema. Em uma dessas saídas, ela avista um homem, que aos seus olhos, é incrivelmente bonito. Benjamim não consegue tirar os olhos de Beatrice e nem ela consegue escapar das olhadas. Nesse meio tempo, ambos se conhecem e se apaixonam de imediato. Infelizmente, as coisas não são tão simples assim. Em um cotidiano onde cada dia pode se tornar uma aventura, Beatrice vive em meio aos seus devaneios, onde cada passo dado pode representar uma mudança no futuro.

A premissa da história é bastante interessante. A sinopse já nos deixa com vontade de ler, e é nisso que o autor foca. A história não é nada de sobrenatural ou de coisas surpreendentes, apenas temos o cotidiano, sem grandes aventuras ou heroísmos. Isso chama a atenção de início, o que se lê em cada página, nada mais é, do que aquilo que vivenciamos no dia a dia, como por exemplo, "por que não falei aquilo que eu deveria falar?", "O que aconteceria se eu tivesse feito diferente?", ou seja, a história poderia retratar qualquer um, até mesmo o próprio leitor. Por este motivo, a escrita é bastante densa, nos colocando num verdadeiro espelho de nós mesmos. O livro retrata pessoas normais, com anseios normais, com uma vida normal, sendo um bom retrato dos dias de hoje.
E o que me torno? Uma alma que vaga na esfera da vida. Uma pessoa sem espírito. Uma projeção de estrela que já não existe mais, uma estrela que ainda se vê, mas que já se tornou passado. 
Como na vida real cada pessoa apresenta características diferentes, a história pode ter diversas interpretações. Não digo isso por diferentes pontos de vistas ou ideia, mas simplesmente por achar, que o significado virá a partir do que o leitor estiver vivendo e seu estado de espírito. Beatrice é uma personagem complexa, um poço de divagações, é daquele tipo que você tem raiva e não compreende as ações dela. Apesar de ser uma mulher madura, com responsabilidades e uma vida social significativa, ela apresenta medos adolescentes que não acompanham seu perfil. Ela vive em um constante conflito interno, agindo de uma forma que cria uma situação diferente da imaginada por ela. A sua relação com a tia, que é a única família que ela possui, é bem vaga, mostrando um pouco das relações familiares que existem atualmente. Dentro da história, a presença dos amigos é mais forte e importante do que a família em si, destacando a Brenda, que é mais confidente e próxima da Beatrice e a Maga, colega de faculdade que é um ponto de apoio para a personagem principal. Outro ponto positivo é o desenvolvimento gradativo da personagem, revelando que cada dia em nossas vidas é uma nova lição aprendida.

A história não me marcou muito, esperei muito mais dela. Essa opinião é válida para mim, pois não estou na mesma vibe de Beatrice, que se apresenta muito melancólica, apesar que no decorrer do livro a sua mudança seja perceptível, não consegue transformar por completo a imagem que foi criada dela. Em muitas vezes eu ficava angustiado pela forma de ver a vida dela, sendo que acabei criando intersecções de suas reflexões com as minhas, isso para mim é um ponto positivo do livro, já que o sentimento está tão exposto que o leitor acaba se pegando nos mesmos questionamentos da personagem. O problema de Benjamin achei muito antiquado, mas não digo que não possa existir ainda hoje os mesmos impedimentos, principalmente, em uma época onde o preconceito está mais forte e muito mascarado.

Tenho medo, sim, tenho medo que minha alma, um dia, se mortifique, e, então, mais tarde, já com os meus cabelos brancos, não queria mais tentar. Terei perdido fome que me nutre. É difícil aceitar, falar que sou um morto-vivo.
Sobre a qualidade do livro destaco a impressão e a diagramação. Aliás, estes é um dos pontos que sempre considero positivamente para o selo Novos Talentos, porém, em contrapartida, chamo atenção novamente para alguns erros de repetição e grafia. Eu achei o número de páginas muito extenso para a história, sendo que se fosse uma quantidade menor, a história se tornasse mais fluída. Um dos grandes problemas que sempre encontro em livros de primeira pessoa é essa necessidade de relatar tudo e qualquer coisa do personagem, dando informações que não levam a nada. A capa também não foi um forte atrativo para mim, não conseguiu passar a verdadeira profundidade do livro.
O sentimento é como um fóton, que na verdade não existe, serve apenas para explicar fenômenos da natureza. O sentimento se passa no coração, e também não se materializa. Só passa a existir quando há interação entre alma e corpo.
Em resumo, eu gostei do livro mas no meu estado de espírito a história não casou muito com ele. Reforço isso porque o livro é bom, mas me levou a um nível de melancolia que eu não estava preparado, o que indica a profundidade retratada na história. Tenho certeza que o leitor que se identificar com estes sentimentos colocados na resenha, irá se encontrar no livro e achá-lo perfeito. A escrita do autor é inteligente e culta, suas várias referências e seu jeito fácil de descrever os sentimentos cria uma ótima atmosfera para a leitura. Destaco também, como um crítica negativa, a falta de fluidez do livro devido a sua grande quantidade de páginas, onde certa situações quebraram o andamento da história.

Agradeço ao autor Lucas Chagas pela parceria, você retratou muito bem o cotidianos das relações atuais. A história de amor contada por você, foi muito diferente como proposto na sinopse, não cheia de heroísmos, mas sim, com pessoas normais vivendo seus questionamentos e as dificuldades de se firmar no mundo com alguém que compartilhe dos mesmos desejos.

E aí queridos amigos, gostaram da resenha?! Lembrem-se de curtir o blog e deixar um comentário para que sempre possamos trazer mais coisas legais. Até mais.

3 comentários:

  1. Olá
    Também sou parceira do autor e curti bastante o livro, pois o autor trouxe uma história bem legal, aliás, adoro essa capa, é muito bem feita, elaborada haha gosto mesmo.
    Muito legal sua resenha, a mesma opinião que a minha haha, o autor é super gente boa, adorei a parceria com ele também ;)

    Beijão
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/2014/06/lancamento-do-livro-o-jogo-perfeito-por.html

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  2. Estou louca para ler esse livro, já vi ele algumas vezes no submarino e li uma unica resenha dele em um dos blogs que sigo. Adorei a sua resenha e só me deu mais vontade de ler.
    As vezes acontece isso comigo também eu leio o livro acho maravilho mais ele não casa com meu momento, por isso é ruim eu fico até chateada.
    Muito boa sua resenha.
    Mil beijos

    http://maetoescrevendo.blogspot.com.br

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  3. Oi, Cleber!
    Também não curti (e nem entendi muito, pra ser sincera) toda essa melancolia da Beatrice. A protagonista não me agradou e fica bem difícil a leitura ser totalmente agradável quando isso acontece.

    Beijos, Entre Aspas

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