OLÁ AMANTES,
Tudo bem? Tem um tempão que não passamos por aqui, mas a falta de tempo por ter o que fazer é uma dádiva. Mesmo sem atualizar aqui, as leituras não pararam. Hoje trouxe a resenha de O Chamado do Cuco.
Cormoran Strike está na pior. Sua mulher o largou, ele está com mais dívidas do que qualquer um e não aparece nenhum cliente para contratá-lo. Mesmo assim, a agência de empregos manda para ele uma secretaria temporária chamada Robin. Strike tenta esconder sua situação atual: sem casa, morando no escritório e com problemas financeiros, isso para manter a formalidade entre os dois.
Logo em seu primeiro dia, Robin atende a um esbaforido homem que quer ser atendido pelo detetive. John Bristow é um advogado que está insatisfeito com as conclusões sobre o possível suicídio de sua irmã Lula Landry, uma super modelo, extremamente famosa e rica. Mesmo a contra gosto, Strike aceita investigar o ocorrido, pois, só assim iria conseguir reorganizar sua vida.
A medida que o detetive avança pelo caso, percebe que há muitas outras coisas envolvidas no possível suicídio de Landry, e quanto mais fundo ele chega, mais dúvidas surgem sobre os motivos da modelo ter colocado fim a sua vida.
Galbraith chega com uma temática não muito nova, porém, que apresenta um grau imenso de dificuldade para escrever. Manter o mistério e, principalmente, amarrar todos os pontos entregues ao longo da história não é para qualquer um. Robert desenvolve todos esses ingredientes deixando as pistas bem a vista e fazendo com o que leitor busque em cada página, a possível resolução para o caso. Mesmo sendo objetivo, sua escrita minuciosa apresenta diversos detalhes das cenas e da vida de cada personagem, deixando o leitor atento a todos eles.
Os personagens são bem desenvolvidos, principalmente, Strike, Robin e Lula. Os personagens secundários são bem caricatas, mas conseguem ter personalidades próprias. O detetive mesmo com sua vida atribulada consegue ser carismático e agrada o tempo todo. Apesar de ter traços rudes, sua simplicidade e conexão com o trabalho, o transforma em um herói como poucos. Robin e sua destreza como secretaria, se mostra como uma apaixonada pela espionagem, mas que devido a sua vida com o marido, se vê entre a cruz e a espada, quando tem que escolher ficar em um posto que não te pague muito mas que a deixa se sentir viva e buscar uma carreira sólida em uma boa empresa com um bom salário. Mesmo assim, ela se mostra bem forte, não dependendo nem de Strike e nem de seu marido. Lula nos é apresentada como algo a mais do que uma super modelo. Ela quer descobrir suas origens, já que foi adotada, e quer viver algo a mais. Existe uma conexão tão grande que o leitor sente pena por ela ter morrido. Sendo assim, os perfis dos personagens é bem desenvolvido, facilitando a observação do leitor sobre quem é bom ou ruim.
A escrita de Robert é maravilhosa. A construção das cenas e dos perfis são inigualáveis. O leitor se sente a vontade lendo e entende tudo que está ocorrendo sem se perder. Apesar de ser um livro lento, sem muitas cenas de ação, ele abraça o leitor pela objetividade de cada página e da não enrolação durante a narrativa, fornecendo material importante a todo momento.
A nota será 4/5, devido ao bom desenvolver da narrativa e ao conjunto de material entregue para ajudar a entender e resolver o caso. Perdeu pelo tamanho das letras e por faltar um pouco mais de ação.
Para quem gosta de um bom romance policial, com um mistério bem construído e uma história bem bolada, O Chamado do Cuco, primeiro de uma trilogia, é uma ótima pedida para os amantes desse gênero.
Já leram? Quem gostou ou não gostou manda aí seu comentário. Para quem não leu manda sua expectativa sobre a história. Até a próxima pessoal.
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