quinta-feira, 3 de julho de 2014

Resenha: Todo dia - David Levithan


Olá pessoal

Estávamos sumidos por conta de uns problemas com a internet, mas agora voltamos com a corda toda.
Estamos cheios de novidades e resenhas fresquinhas. A resenha de hoje é de um autor que eu, particularmente, gosto muito, o senhor David Levithan. Depois de ler Will e Will, eu senti a necessidade de ler algo mais desse super autor, ele atendeu a todas as minhas expectativas, o livro é muito bom. Vou falar um pouco sobre a minha visão da obra.


Ficha Técnica

Título: Todo dia
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 279
Nota: 5/5

Sinopse

A é um ser que não tem corpo, mas acorda todo dia em um diferente. Apesar de sua vida não ser tão igual, o cotidiano e a vida da qual ele participa por um dia, acabam afetando ele, criando um sentimento de não pertencimento. De todos os dias de sua vida vivendo em várias pessoas, acordar como Justin, um rapaz arrogante, não parecia ser nada bom até conhecer a namorada dele, Rhiannon. A partir de então, A começa a quere interferir na vida de qualquer pessoa para ficar ao lado dela. Mas até que ponto essa mudança poderá afetar a vida de todos?






Resenha

"A" não é um homem ou mulher, não possui gênero, muito menos um corpo. Ele simplesmente acorda todos os dias em um corpo diferente, passando a viver a vida de uma pessoa durante 24h.  No dia 5.094 de sua vida, ele acordo no corpo de Justin, um cara arrogante que tem uma linda namorada: Rhiannon. Apesar da sua regra de não se envolver na vida das pessoas, ele não consegue se distanciar dela, que se apresenta como um garoto inteligente e forte, extremamente apaixonante. A passa a tentar ficar todos os dias em contato com Rhiannon, mas este tipo de relacionamento pode ser difícil.


Tem vezes que eu não sei o que ler e escolho qualquer livro. Fico muito feliz que, ultimamente, tais livros venham sendo perfeitos.

A história parece sem pé nem cabeça,  a verdadeira magia está nos detalhes. 
Sabe aquela coisa de não ser superficial?! De buscar conteúdo ao invés da embalagem? Acredito que essa é a verdadeira moral deste livro.
Apesar de sua dificuldade, A apresenta todos os medos de um adolescente, principalmente, o medo de não conseguir se inserir dentro da sociedade. A dor do primeiro amor também é refletida, assim como, os anseios e medos que cada adolescente passa. Mesmo com este tipo de “poder”, A não o usa de forma errada. Rhiannon por sua vez é uma adolescente centrada e inteligente, com uma bondade incrível. Seus medos e visões do mundo tem muito haver com o nosso, apesar de termos ideias ou pensamentos diferentes, nós somos moldados a aceitar certos padrões, que ficam sustentados acima de uma falsa moral. É incrível como Levithan consegue transmitir isso da forma mais pura e verdadeira possível. Todos os personagens, apresentam semelhanças com a sociedade hoje e isso, é a riqueza da história.

A escrita leve e simples do autor, transmite objetivamente os problemas dos adolescentes como bullying, obesidade, depressão, a não comunicação com os pais, de uma forma que atinge profundamente o nosso consciente. Coloco David ao mesmo patamar de escrita inteligente do Green.


A qualidade editorial da Record, sempre é um ponto a favor para o livro. A revisão do texto e a impressão não fica devendo em nada. A capa também transmite a história, apesar de você entende-la depois da leitura.
Eu li e vou reler, pois, me marcou absurdamente. A metáfora de A para a nossa vida é tão crua, que acabei de ler me sentindo mais afim de mudar ideias e visões do cotidiano. Mesmo que eu não possa mudar de corpo, mudo meu mundo interno. Apesar de não ser colocado explicitamente na história, as mudanças diárias do A simbolizam as mudanças diárias de todos nós. Não somos quem fomos ontem e muito menos o que seremos amanhã, não precisamos mudar de corpo ou vida para ver isso e, caro amigo, se você não percebe essa mudança, está na hora de fazer uma varredura completa no seu eu interior e buscar a perceber as pequenas mudanças. Aconselho a todo mundo ler este livro, não é fútil o suficiente para se considerar bobagem adolescente e nem tão adulto demais para parecer chato. A escrita e história são equilibradas para que possamos aprender mais ou nos lembrar mais de uma fase conturbada como a adolescência.



Gostou da resenha?! Então comenta aí embaixo se leu e gostou ou não gostou ou se se interessou o bastante para lê-lo. Lembra também (por favor!) de curtir nosso blog. Abraços e até mais pessoal. 

Um comentário:

  1. Também amei esse livro. A história é perfeita. A capa é perfeita. Os personagens são perfeitos. Mas, acima de tudo, a mudança interior e a reflexão que esse livro causa aos leitores é perfeita! Um must-read com certeza! *-*

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