Resenha: A Grande Rainha - Saga de Mitrax, do autor Sérgio Roberto de Paulo

OLÁ PESSOAL,

Hoje em caráter especial viemos falar sobre A Grande Rainha de Brenor. Nós aqui do blog, tivemos a honra de ter a história dessa grande mulher em nossas mãos, pena que a primeira parte, estou maluco pelo restante da Saga de Mitrax. O autor Sérgio Roberto de Paulo não decepciona em nenhum momento. Esta é uma história para estar ao lado de grandes clássicos da literatura. Vou compartilhar a história acessível a poucos de um planeta muito distante.

FICHA TÉCNICA

Título: A Grande Rainha - Série A Saga de Mitrax

Autor: Sérgio Roberto de Paulo

Editora: Novo Século

Páginas: 367

Nota: 5/5

SINOPSE

No planeta de Micropella reside uma menina simples e humilde, Aara, que foi aclamada como a Grande Rainha de Brenor, graças ao seu espírito puro. Era o ano de 1074 quando Mitrax, o principal líder dos anjos, decide se apoderar dos cristais de diferentes poderes espalhados entre os reinos. Ele envia os seus exércitos na captura desses objetos, liderados pelo príncipe gigante Tipreus e pela maga degenerada Meissa. Para enfrentá-los, Aara conta com a amizade do mago Aldebaran, professor da Ordem de Lumerae, e de seu escudeiro, o hilário Gdu. Neste primeiro livro da série A saga de Mitrax, que se situa na Era dos Grandes Reis e Rainhas, monstros, magos imortais são alguns dos grandes desafios. E a personalidade complexa dos elfos, ondinas, salamandras, entre outros, é explorada a fundo, afirmando-se como uma trama rica, de grande diferencial da literatura fantástica.

RESENHA

Aara era uma adolescente de 16 anos simples que vivia sob os cuidados do seu tio, um homem beberrão e violento. Na vila, Aara era adorada por todos por ser meiga e ter uma grande prática com ervas medicinais que ajudava a curar as mazelas do povo. 

Ela trabalhava na estalagem de sua Tia Mace, quando em um dia um homem grosseiro chegou para se alimentar e vendo a beleza de Aara não se conteve e começou a tentar conquistá-la, se afastando das investidas dele. Quando sai da estalagem, este marca a porta com um X feito a carvão. 

Este sujeito volta no dia seguinte, mas Aara percebe a invasão e começa a tentar salvar a Vila, impedindo a invasão mas atraindo para si, o grupo que ela tinha visto anteriormente. Ela então corre para Floresta Velha em busca de Beliária, cidade onde reside o Rei. Perdida na Floresta, ela encontra-se com um garota e uma garota que logo se presta solidários. Mas o tempo de paz logo acaba, quando gnomos sequestram os três.

Coisas que Aara sequer esperavam aconteceram, mas outras ainda maiores ocorreriam. Toda essa aventura, levará Aara a descoberta que ela é A Grande Rainha, descendente de Reis bondosos, íntegros e treinados por Magos da Ordem de Lumerae. Esse apenas é o grande início de toda a aventura.

Algo que eu preciso pontuar primeiramente. Logo no início o autor conversa com o leitor sobre o livro e explica o que acontecerá no decorrer da história. Isso já começou me cativando, permitindo uma aproximação maior com quem escreveu. A forma como ele explica os porquês da história, facilita o entendimento da obra.

A história, apesar de apresentar elementos oriundos de outras mais clássicas como Senhor dos Anéis, apresenta uma originalidade pertinente. A formação do autor em Física, contribuiu para isso, pois, certas explicações e e desenrolares da narrativa, possuem base nestes conhecimentos e são passados de uma maneira leve e didática. Além da formação, dá para perceber as inteligência e boa índole do próprio, ao criar personagens benevolentes em todas as ações. Não perfeitos que chegam a ser chatos, mas pessoas que apresentam defeitos como todos e qualidade superiores ao que os tornam próximos do normal. Essa foi a minha primeira impressão sobre o livro.

A narrativa em terceira pessoa do autor é objetiva e muito leve, causando uma sensação de ânimo durante a leitura. Não terminei antes por causa dos compromissos. O livro todo contém uma mágica que é montada sob as boas escolhas e aos bons atos. Acredito que essa mágica enfeitiça o leitor. Uma das obrigações da Grande Rainha, é ser treinada nos 11 Ensinamentos (são 12, mas o último, apenas os Magos possuem o direito de aprender), durante o livro somos apresentado a três. Cada ensinamento consiste em uma reflexão, sendo que foi aí, onde o autor consegue demonstrar a verdadeira força da personagem principal e fazer o leitor a refletir sobre isso também, ou seja, ao mesmo tempo em que Aara aprende o leitor também aprende. Estudo o Meio Ambiente e não pude deixar de me conectar ao 3º Ensinamento. Toda linha neste livro me conquistou.

Sobre os personagens, eu adoro os livros que mostram o crescimento dos personagens e esse mostra essa evolução muito bem. Aara é a que já possui uma evolução, mas apresentada a uma infinidade de problemas e dificuldades, além do fato de mudar totalmente sua vida, ela tem um crescimento digno de uma grande líder. A forma como ela consegue acompanhar os ensinamentos e agregá-los a vida dela, descreve uma adolescente que vira mulher, no sentido de se fortalecer. Outro personagem que destaco é Gdu, Rei dos Gnomos, ficou a parte cômica da história, sua devoção e crença faz com que ele seja uma pessoa simples e de bom coração, ele já se apresenta evoluído, apenas um pouco atrapalhado. Aldebaran, Mago da Ordem de Lumerae, é um ser também evoluído, porém suas incertezas iniciais, atrapalham o seu discernimento. A sabedoria colhida ao longo dos anos, vai sendo mostrado no decorrer do livro, criando uma grande ligação entre o personagem e o leitor. Nesse quesito, outro ponto positivo par ao livro.

A história me conquistou em vários fatores, principalmente, por me deixar fazer parte desta aventura que vai crescendo aos poucos e que faz com que o leitor cresça junto, fortalecendo a ligação entre a história, autor e leitor. Quando acabei o livro, me senti da mesma forma quando acabei de assistir ao primeiro filme do Senhor dos Anéis, eu fiquei satisfeito só que aquele espacinho para mais novas aventuras se manteve lá, esperando pelo segundo filme. Eu acho que isso é importante, quando o autor consegue fixar uma conexão com quem está lendo.

Sobre a qualidade do livro eu tenho ponto positivo e negativo. A capa e a diagramação estão ótimas, a folha fosca e amarelada também facilita a leitura. O número de páginas ficou suficiente, acredito que não precisa nem tirar nem colocar nada, tudo ficou balanceado. O ponto negativo, é algo que sempre batemos na mesma tecla aqui no blog: a falta ou descuido das revisões do selo Novos Talentos da Literatura Brasileira da Editora Novo Século. São poucas as resenhas que este ponto não aparece para ser criticado. A Editora perde muitos leitores e autores incríveis devido a persistência desse mesmo erro, infelizmente, muita gente não consegue perceber que esse erro não é do autor, ma sim da Editora, porém, quem fica mal falado é o autor. Esse ponto é muito chato de se falar todas as vezes. Mas adianto que neste caso, o livro não perderá pontos.

Sobre o conjunto do livro eu fiquei completamente admirado e percebi originalidade aonde as coisas vinham sendo bastante repetitivas. Não vou saber explicar onde ele muda, apenas lendo para entender. Os elementos estão lá, mas a forma como estão dispostos moldaram a história muito bem. Eu recomendo que leiam, não só aqueles que gostam do gênero, mas até quem não curte, este livro consegue ter fantasia, mas com relações próximas a realidade.

E aí gostaram da resenha?! Lembrem-se de comentar e curtir o blog ok?! Estamos a disposição para qualquer dúvida. Um forte abraço e que o Senhor da Luz fortaleça a todos que lerão o livro e a resenha.