Resenha: Dahria, da autora Cheile Silva

Olá Pessoal,

Hoje eu vou falar de um livro cheio de magia, completamente encantador do início ao fim. Dahria me fez voltar a ser criança e reviver sonhos que muitas vezes deixamos para trás quando vamos nos tornando adultos. Aprendi muito com os irmão Bigley e ainda tenha a esperança de encontrar algum portal perdido em minha humilde casa. Vamos embarcar nesse mundo mágico?

Ficha Técnica

Título: Dahria
Autora: Cheile Silva
Editora: Chiado Editora
Páginas:198
Ano: 2014
Nota: 4,5/5

SINOPSE

Os três irmãos Bigley ouviam toda noite histórias contadas por seu avô sobre grandes aventuras vividas por alguns jovens em uma terra mágica chamada Dahria. Entre os três irmãos está Catarina Bigley, uma adolescente que se tornou adulta com rapidez quando a mãe morreu, ela não tinha mais tempo para histórias bobas e considerava a rotina algo seguro.

Com ajuda do avô, os três irmãos descobrem que Dahria existe e eles são levados à terra mágica. Uma profecia havia sido feita há centenas de anos, e os irmãos Bigley irão descobrir que estavam destinados a serem heróis e enfrentar magos perversos e poderosos e criaturas perigosas nunca imaginadas.

Com a ajuda de Oliver e o anão Nosbor, Catarina embarcará numa aventura contra sua vontade e irá descobrir a verdadeira magia, aprenderá a acreditar em mais coisas do que seus olhos conseguem ver.

RESENHA

O livro narra as aventuras vividas pelos irmãos Bigley, Catarina a irmã mais velha e os gêmeos Natália e Pedro. Em um certo dia o avô dos jovens resolveu contar histórias de um mundo distante e cheio de magia. Os irmãos mais novos ficaram enlouquecido com as aventuras do avô, só Catarina que não acreditava em nada, a adolescente teve que amadurecer rápido demais depois da morte de sua mãe. Com a responsabilidade de cuidar dos irmãos, Catarina começou a ficar descrente sobre o mundo da magia.

Certa noite as crianças encontraram o avô no porão da casa olhando e conversando com seres estranhos através de um portal que dava para um mundo de Dahria. Como a curiosidade era maior que eles, os garotos resolveram bisbilhotar o porão durante a madrugada e acabaram entrando em Dahria. Eles foram recebidos por um anão muito simpático chamado Nosbor e algumas fadinhas. Os jovens são encaminhados ao Palácio da Luz e lá conhecem Los a grande feiticeira e rainha das terras mágicas.

"Os três irmãos Bigley estavam fascinados, o lugar por sua beleza em si já inspirava magia."

A partir desse momento os garotos entram em contato com seres mágicos, como fadas, unicórnios, elfos, trolls, feiticeiras, magos entre. Também fazem amizade com um humano chamado Oliver que vive em Dahria a algum tempo.

Tudo parecia perfeito, porém como em toda história também existe um lado ruim, nesse caso a parte do mal era conhecida como floresta negra de Taver. 

O que os  três irmãos não sabiam é que estavam predestinados a uma profecia que havia sido feita há centenas de anos, onde teriam que enfrentar grandes magos e forças poderosas. Começando assim a grande aventura da vida deles. 

Sobre o livro, não posso deixar de falar das grandes influências que são evidentes na escrita da autora. Histórias como As Crônicas de Narnia, Harry Potter e O Senhor dos Anéis vinham sempre em minha mente enquanto eu lia. Para alguns, isso pode ser um ponto negativo, mas para mim, foi incrível relembrar alguns elementos dessas histórias em um mundo diferente. As aventuras dos irmãos Bigley me fizeram querer ir para este lugar mágico.

Em relação aos personagens, o crescimento deles ao longo da história mostra como a autora soube desenvolver cada ponto, deixando a narrativa mais interessante. Destaco, principalmente, as mudanças de Catarina, que em boa parte do livro me irritou, mas no final conseguiu me conquistar. Catarina perdeu uma parte da infância, se vendo obrigada a cuidar dos irmãos. Ela teve um amadurecimento rápido e não pôde aproveitar as belezas da infância. Durante a leitura, me irritou o fato dela continuar assumindo o papel de responsável, evitando enxergar toda a fantasia diante dos seus olhos. Apesar de ter essa opinião, eu entendo a personagem completamente, pois, quando nós somos obrigados a crescer, perdemos a sensibilidade de vivenciar e aproveitar as coisas simples, deixando os encantos da infância para trás. 

Sobre o material, o que me chamou mais a atenção foi a belíssima capa, que relembrou as coleções de Desventuras em Série, o design da capa foi proposital, já que a autora é fã dos livros. Os capítulos ficaram bem divididos e a diagramação deixou a leitura mais prazerosa. O papel amarelado foi outro ponto positivo do livro, me agrada bastante quando os livros vêm com este material. A pequena quantidade de páginas, aliados ao excelente material, ajudam para que o leitor tenha uma melhor fluidez na leitura. No meu caso, demorei mais para ler , pois eu não queria deixar Dahria. rs

Como ponto negativo creio que a história ficou pequena demais. Pode ser uma crítica chata de uma leitora que gostou da história e queria mais, só que achei a narrativa curta para o potencial que apresenta. O romance entre Oliver e Catarina poderia ter sido explorado mais, senti falta disso. Acredito que mais aventuras deveriam ter sido criadas, os pontos de vistas de Pedro e Natália, por exemplo, deveriam ter sido citados mais vezes durante o decorrer da história para que o leitor também pudesse conhecer Dahria através do olhar deles, que para mim, ficaria mais divertido.

Enfim, apesar dos pesares eu fiquei realmente encantada com esse livro, a narrativa é simples e completamente envolvente. Durante a leitura eu não conseguia desgrudar os olhos das páginas, queria saber sobre cada acontecimento e ficava super curiosa a cada capítulo. Estou com uma bela ressaca literária, morrendo de saudades de Dahria. Super Recomendo!

Espero que tenham gostado da resenha. Lembrem-se de curtir e comentar o blog, ok?! Até a próxima!