quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Sessão nostalgia: A História sem fim.

OLÁ AMANTES POR LIVROS E FILMES,

Tenho certeza que todos aqui gostam de filmes. Pode ser um, pode ser de vários, mas todos gostam de alguma película. Assisti hoje a história sem fim com o Cleber e vou colocar nossas opiniões acerca da obra. 
Não poderíamos deixar e falar desse filme por vários motivos: 1) fez parte da nossa infância, 2) é lindo, 3)  tem livro no meio do filme, 4) tem um dragão chinês com cara de cachorro e infinitos outros motivos. A crítica foi construída pelos dois administradores da página, espero que gostem.



FICHA TÉCNICA

Título original: Die Unendliche Geschichte
Diretor: Wolfgang Petersen
Ano: 1984
Gênero: Aventura, fantasia
Duração: Aprox. 102 min

SINOPSE


Bastian (Barret Oliver) é um garoto que usa sua imaginação como refúgio dos problemas do dia-a-dia, como as provas do colégio, as brigas na escola e a perda de sua mãe. Um dia, após se livrar de alguns garotos que insistem em atormentá-lo, ele entra em uma livraria. Lá o proprietário mostra um antigo livro, chamado A História Sem Fim, o qual classifica como perigoso. O alerta atiça a curiosidade de Bastian, que pega o livro "emprestado". A leitura faz com que ele vivencie o mundo de Fantasia, um lugar que espera desesperadamente a chegada de um herói. A imperatriz local (Tami Stronach) está morrendo e, junto com ela, o mundo em que vive é aos poucos devorado pelo feroz Nada. A única esperança é Atreyu (Noah Hathaway), que busca a cura para a doença da imperatriz.








CRÍTICA

Bastian é um garoto que sofre bullying de outros estudantes. A recente perda da mãe, faz com que ele perca o interesse nos estudos e mergulhe de cabeça no prazer da leitura. Em um dia, ao fugir dos garotos que batem nele, Bastian entra em uma livraria onde encontra um Senhor que o repreende. Ao perceber que o menino gosta de ler, o dono da loja lhe fala sobre um livro perigoso, que não deve ser lido. Esse alerta apenas deixa o menino mais curioso que leva o livro para a escola, trancando-se num porão para ver o que tem de tão especial no livro. Bastian logo vivencia a história do mundo Fantasia e o desespero de seus habitantes para salvar o lugar do Nada. A Imperatriz de Fantasia está ficando cada vez mais doente e a única pessoa que pode tentar salvá - la é um garoto guerreiro chamado de Atreyu.

O filme é baseado no livro homônimo do autor alemão Michael Ende, faz uma mistura interessante: o personagem principal da história, vivencia uma história secundária que é apresentada no livro que dá nome ao filme. Essa mistura metalinguística (utiliza um código para falar dele mesmo, ou seja, um livro onde a história é sobre outro livro) é a grande sacada da história, onde o prazer da leitura é colocada do ponto de vista do leitor. Tenho certeza que todo leitor aqui já se imaginou namorando aquele personagem, brigando quando ele faz algo errado e assim por diante, essa é a sensação de assistir o filme.

A ideia sobre o Nada estar consumindo a Fantasia (que no livro o nome é Fantástica), faz com que o espectador se depare com a sua realidade no cotidiano, trazendo a tona a realidade de que quando nos tornamos adultos paramos de sonhar. E essa mensagem filosófica é tão bela que apesar do filme ter sido de 1984 e o senhor defrontar a chegada dos fliperamas com o fim da literatura, a história ainda é atual, não só no fato de ficarmos mais tempo na internet, como também, a própria maneira de se ler vai sendo modificada.

Outro ponto rico para o fortalecimento das significâncias da história é o confrontamento do personagem do livro Atreyu que visualiza no espelho a imagem de Bastian. Além de ser uma cena bela, também é carregada de significados. Todo personagem confronta o seu leitor de várias maneiras, seja tomando uma decisão errada ou simplesmente, fazendo descobertas junto com o leitor. Tenho certeza que já nos colocamos no papel do personagem principal e o próprio personagem, torna-se nós mesmos. A simplicidade como todas estas discussões são passadas na tela, são tão atuais, que não importa quando assistimos ou lemos pela primeira vez e quando assistiremos ou leremos novamente, as mensagens são sempre atuais.


É claro que o espectador deverá tirar certas ideias de sua cabeça antes de encarar o filme. Lembre-se, principalmente, que o filme é de 1984 e o Sony Vegas ainda não existia, assim como computadores super rápidos e modernos. Os animatronics eram moda na época, sendo que Tubarão e Jurassic Park utilizavam dos mesmos bichinhos, então por favor, esqueçam comentários como: "que bicho falso, dá para perceber que é boneco", "estou vendo o fundo azul ou verde na tela enquanto o menino tá voando!" Coisas assim irão te transformar num completo idiota, isso porque a maneira como a linguagem do cinema abordava uma história e os efeitos não são os mesmos que hoje. A rapidez e a forma como a história é apresentada, com muita ação, sangue voando e outras coisas, prendem o espectador de hoje. Aposto todas as minhas fichas (ou créditos no celular) que o primeiro Matrix assistido hoje o seu comentário será: "Quanto efeito ruim, este filme é uma bosta!". Então, por favor, cuidado com certos comentários. Na minha opinião, acho os efeitos até bons demais para a época, sendo que fiquei me questionando como foram feitas aquelas nuvens da tempestade.

Ao sair do cinema, o sentimento era de completa nostalgia. No meu caso senti o coração disparar quando vi o Falkor pela primeira vez no cinema e meus olhos encheram de lágrimas por causa daquela sensação de voltar ao passado. Na cena final onde o Bastian está voando com o Falkor, veio a mesma sensação que tive ao assistir pela primeira vez, acredito que eu estava com 8 anos na época que eu assistia o filme no Cinema em Casa, e ficava imaginando que estava voando no lugar do garoto.

Eu, Cleber, também saí emocionado. Para mim foi mais legal pois eu não lembrava muito do filme e pude ter mais atenção hoje. Adorei a trilha e a filosofia por trás da história, tudo ali era muito anos 80, por isso foi mágico. Também queria ter voado no Falkor, deve ser uma sensação muito boa. Vou assistir novamente e passar para os meus filhos como lição básica para a vida.

Bom, espero que tenham gostado da crítica. Lembrem-se de curtir o blog e comentar sobre o filme. Beijos meus e do Cleber, até a próxima.





6 comentários:

  1. Esse filme é, sem dúvidas, um dos mais marcantes da minha infância. Estou com o livro emprestado para ler, espero que me encante tanto quanto!

    Beijocas
    www.serleitora.com.br

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    1. Oi Érica. Esse filme é marcante para muitos. Graças ao SBT, tivemos o prazer de assistir essa obra prima. Eu também fiquei com vontade de ler o livro, assim que eu o achar, pode ter certeza que vou devorar. Abraços. Valeu pela visita.

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  2. Eu nunca assisti esse filme (pelo menos eu não me lembro de ter visto), mas eu ainda sou um crianção (tenho só quinze anos, vai kk), e fiquei maravilhado com o enredo do filme. Obviamente, eu irei procurá-lo e vou assistir *o* E, agora eu quero um dragão com cara de cachorro *u* Já tenho uma imensa lista de 'animais' para adotar. Culpa destes filmes de fantasia hsuhsu.
    Amei o blog. Já estou seguindo u.u
    Abraços,
    Gabriel Lima.
    http://www.meujardimliterario.blogspot.com.br

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    1. Gabriel, pelo tempo do comentário, você já deve ter assistido. E eu tenho certeza que você se apaixonou e ainda aumentou mais sua vontade de ter um dragão com cara de cachorro. Essa vontade já faz muito tempo que eu tenho, então assim que achá-lo, me diz onde foi que eu vou adotar o meu também. Beijos, muito obrigada pela visita.

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  3. Com certeza A História Sem Fim fez parte da infância de muita gente, muito nostálgico ver esse filme por aqui! Vi o filme mais de uma vez, mas acho que deveria revê-lo - já não me lembro de muita coisa dele...

    Beijos, Livro Lab

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    1. Pois veja. Para mim foi muito mágico assisti-lo novamente, mas no cinema, essa magia foi ampliada dez mil vezes. Eu pulei de alegria quando vi que o Cinemark iria exibi-lo. Muito bom seu comentário, passa mais vezes. Desculpa pela imeeeeensa demora. Beijos.

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