quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Resenhando: Psicose, Robert Bloch

OLÁ AMANTES DO TERROR,

Nesse último final de semana fui um dos mediadores do Clube do Livro de Sergipe e falei sobre Psicose, de Robert Bloch. Foi muito satisfatório para mim falar sobre um dos clássicos do horror contemporâneo. Recentemente, o livro foi publicado pela Editora DarkSide, que está ressuscitando o gênero de terror para o pública nacional. 










Norman Bates é um homem que vive com sua mãe em uma casa que tem em anexo um Motel. Os negócios mal funcionam, pois, a prefeitura decidiu fazer uma auto-estrada que acabou desviando o fluxo de automóveis para longe da rodovia que passa pelo motel. 

Paralelo a essa apresentação, Mary Crane que vive em uma cidade mais distante, rouba o dinheiro do seu empregador e foge para se encontrar com seu namorado, Sam Loomis, que está com dificuldades para manter a empresa que seu pai deixou para ele. Mary vê no dinheiro a solução que impede ambos de se casarem. Depois de fugir, ela se perde e acaba parando no Bates Motel e conhece Norman.


Por ter uma mãe bastante controladora, Norman é tímido e sem jeito para falar com mulheres. Depois da insinuação que Mary faz para que ele interne sua mãe e possa viver a vida, ela percebe que o acanhado rapaz pode ter momentos explosivos. Depois de se recolher, Mary vai tomar um banho, sempre refletindo sobre suas ações e que rumo deverá tomar, porém, a provável mãe de Norman assassina a jovem dentro do banheiro.

Percebendo o roubo e o desaparecimento de sua funcionária, o chefe de Mary ligará para a irmã dela, Lila Crane, e contratará o Detetive Arbogast para seguir seus passos. Ambos por ter conhecimento e por dedução, acabam indo de encontro a Sam, acreditando que ele pode saber do paradeiro da moça desaparecida.





O livro apresenta duas tramas específicas, porém, sempre foca mais no Norman Bates. Os capítulos são intercalados entre os personagens, uma hora se dedica a Norman, outra para Mary, depois Lila, Sam e Arbogast, criando uma narrativa cheia de pontos de vista.

A trama construída pelo autor é fantástica e prende o leitor, mesmo que ele já saiba o que vai acontecer. O enredo fica mais forte devido às dúvidas que os personagens, Mary e Norman, sofre ao longo da história. Norman fica sempre sob a sombra da mãe, que é bastante controladora e prende o garoto o tempo todo. Ele também lê bastante assuntos exóticos, como rituais incas e gosta das ideias de Aleister Crowley. Já Mary sempre fica cercada das dúvidas sobre as consequências do seu ato. A segurança de que nunca será pega e o medo de prejudicar Sam e Lila, cercam constantemente sua participação no livro. Essas relações fazem com que o público se identifique com ela, já que o anjo e o demônio estão debatendo em sua cabeça sobre sua atitude.


O livro é muito bom e te entrega um serial killer com todos os pontos que um deve ter. A relação de Norman com a mãe é dar nos nervos e a fraqueza dele representa muitas pessoas que têm medo de se impor. Os anseios e vontades de Mary, apresenta nossa briga moral no cotidiano, entre fazer coisas erradas para nos beneficiarmos ou fazer o certo e não ter tudo aquilo que desejamos. Todos esses aspectos conectam os personagens ao leitor, além é claro, da tensão construída em torno do assassinato e da investigação sobre ele.

O livro vale a pena para amantes do horror, da psicologia e das relação sociais. É importante ressaltar que essa história, mesmo sendo da década de 1950, ainda pode ser atualizada para diversos casos hoje em dia. Nota do livro 5/5 pela sua capacidade de transmitir ansiedade mesmo que todos saibam o que acontece na história.

A edição da DarkSide respeita muito o público que gosta e o design da capa casou completamente com a história narrada. Não preciso nem dizer da preocupação da editora com a qualidade interna, sempre colocando detalhes na obra que a deixam ainda mais perfeitas.

Durante a pesquisa para falar sobre o livro, encontrei essas curiosidades sobre o filme. 

Curiosidades sobre o filme:


  • Uma modelo nua foi utilizada por Hitchcock em algumas das cenas do chuveiro, na intenção de criar realismo.
  • Psicose foi filmado em preto e branco por opção do próprio Alfred Hitchcock, que considerava que a cores o filme ficaria "ensanguentado" demais.
  • Alfred Hitchcock comprou anonimamente os direitos do livro de Robert Bloch, por apenas US$ 11 mil. Logo após, comprou aproximadamente 3 mil cópias que estavam sendo vendidas nas livrarias dos Estados Unidos. Toda essa ação para ninguém saber do final da história.
  • Psicose custou apenas US$ 800 mil e faturou mais de US$ 40 milhões nas bilheterias.
  • Para criar o sangue na cena do chuveiro foi utilizada calda de chocolate.
  • O som ouvido do facão sendo fincado no corpo de Marion é, na verdade, o som de um facão encravando em um melão.
  • Foi refilmado em 1998 por Gus Van Sant, tendo também recebido o nome Psicose.

E aí, já assistiu ou leu Psicose? Manda sua ideia aqui embaixo, estamos ansioso para compartilhar o amor por essa história. Não esquece de compartilhar e comentar nossas postagens. Até mais.

6 comentários:

  1. Sou novato no mundo dos leitores e este é meu primeiro livro de terror e na verdade um dos primeiros livros que ja li rs, e já venho começando bem não é mesmo? Afinal já começei lendo este classico do terror....Gostei da resenha....Parabéns. Davyd Santos.

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    1. Primeiramente obrigado pela visita. Segundamente, você começou sua vida de leitor de forma magistral. Escolheu um livro que te fará amar para sempre a literatura. Bem vindo ao mundo de várias histórias. Valeu a visita. Até mais.

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  2. Confesso que assisti Psicose só depois de muito tempo, mas depois disso entendi porque as pessoas amam tanto. Porque é incrível! Ainda não vi a edição da DarkSide, mas deve ser maravilhosa (como todos os livros lançados por eles), vou procurar aqui!

    www.allthingsblue.com.br

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  3. Adorei, uma coisa que eu adoro é esse tipo de gênero, o cometário é ótimo fiquei curiosa para ler, fiz uma resenha a pouco tempo sobre um livro que pensei que seria assustador mais acabou me deixando decepcionada, vou conferir este.

    Spoiler Mania

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  4. Oi, Cleber!
    Confesso que tenho um certo medinho com esse livro, mas gosto muito desse lado psicológico. Espero um dia lê-lo, pois deve ser um livro e tanto. Quando vai ser o próximo encontro do Clube do Livro? Tenho curiosidade em participar, mas sempre perco a data rs.

    Beijo.
    livrosdawis.blogspot.com.br

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  5. Eu já assisti o filme e adorei, sou louca para ler o livro! Beijos
    http://chuvacobertaelivros.blogspot.com

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