domingo, 1 de dezembro de 2013

Para quem curte Poesias e Imagem indicamos Eu me Chamo Antônio

OLÁ AMANTES POR LIVROS,


Estava eu passeando por entre sites de editoras e me deparei com um livro que já tinha me chamado atenção e resolvi comentar um pouco sobre ele aqui. Eu Me Chamo Antônio (perfil do Instagram e Facebook), que ao contrário do que muitos acreditam, o nome do autor não é Antônio, mas sim, Pedro Gabriel. A ideia desse cara foi fantástica: Ele escreve mini poesias em guardanapos! Isso mesmo, poesias belíssimas, onde a mensagem nos é transmitida de modo rápido, mas que planta um pensamento que pode durar horas, dias, semanas ou meses. 

Poesia do Livro Eu me chamo Antônio. Fonte: Fanpage Eu me chamo Antônio
A coletânea de imagens do Pedro foi lançada pela Editora Intrínseca. o que me chamou atenção para postar sobre esta obra hoje, foi um texto publicado pelo autor no site da editora. A crônica tem como título "[Sobre o medo de não ter mais inspiração]". 


Autor Pedro Gabriel. Fonte: Fan Page Eu me chamo Antônio
Achei legal porque acredito que muitas pessoas passam por uma crise de falta de inspiração. Não falo aqui apenas do momento de criar um texto, mas sim, de uma palavra a ser dita no momento correto ou de uma atitude a ser tomada naquela hora em que uma só ação sua pudesse modificar o mundo, falo também da falta de inspiração para com a vida. Estamos tão ligados a certas coisas sem valor que perdemos nosso tempo em coisas que nos deixam mais tristes, ao invés de perdermos (ganharmos!) tempo com coisas, realmente, felizes. Achei bacana divulgar o texto dele aqui. Curtam e leitura. Até a próxima, Amantes Por Livros.

Foto: Você que fala
demais
dê mais
ouvido ao seu
silêncio.
Poesia do Livro Eu me chamo Antônio. Fonte: Fanpage Eu me chamo Antônio.
Crônica: [Sobre o medo de não ter mais inspiração] - Autor: Pedro Gabriel - O texto foi publicado no dia 26 de novembro de 2013. Aonde? No site da Editora Intrínseca.
A página está em branco, mas já dá para ler desespero em letras garrafais. Acredito que todo mundo já tenha sentido aquele pânico de não ter mais inspiração. Seja antes de começar a escrever um romance. Seja num simples cartão de natal para a família. Seja para escrever um poema para aquele amor de infância. A primeira frase sempre parece estranha. O primeiro verso sempre soa bobo. O primeiro traço nunca fica exatamente como imaginávamos. O medo de não saber o que vai nascer naquele espaço vazio é a angústia de tanta gente desde que o mundo é mundo, desde que arte é arte.

Aprendi em uma das aulas da faculdade que a Ideia é como gato, não como cachorro. Ela vem quando ela quer, não quando você chama. Pois é, não adianta pressionar a mente. Você não encontra uma ideia pronta na sua agenda telefônica, na sua gaveta bagunçada ou dentro de um baú envelhecido na casa da sua avó. Não dá para convidá-la para o boteco com dia e hora marcada. Ela também não tem endereço fixo para você ir buscá-la desesperadamente em um domingo à noite. Mesmo com chuva! Ah, e nem pense em chamá-la para tomar um chope numa quarta-feira para assistir ao jogo do seu time. A ideia, às vezes, torce pelo adversário! Ela é independente. Ela aparece quando bem entender. E, se ela entender que não deve aparecer, esqueça-a: ela não aparecerá.

Mas então o que fazer diante dessa angústia?
Bom… Desde o meu primeiro guardanapo, eu sempre penso que não terá o próximo. Que aquele será o último. E nunca é! Quando fico sem ideia, eu escrevo e desenho e assisto a um documentário qualquer sobre a comunicação dos golfinhos. E, se a ideia ainda não aparece, eu escrevo e desenho e ouço a discografia do Chuck Berry. E, se mesmo assim ela não vem, eu escrevo e desenho e falo com meu pai, que mora longe. E, se depois de tudo isso ela ainda prefere ficar escondida, eu escrevo e desenho e leio cartas antigas (ah, como era bom aquele tempo em que recebíamos cartas!). Seja insistente. Crie condições para facilitar o caminho da ideia. Deixe seu cérebro sempre treinado, pronto para o raciocínio rápido – aquele que vai permitir que você abra com agilidade as gavetas invisíveis que guardam todo o seu mundo de referências e associações.
Uma hora a ideia chega, é inevitável. Esteja pronto porque, quando ela aparece, ela não quer saber seu nome, seu endereço, seu estado civil, ela não está nem aí se você está almoçando, dormindo ou sentado numa praça sem caderno para eternizá-la. Ela simplesmente invade o seu corpo sem pedir licença e se faz sua.
A vida é uma imensa página em branco.

3 comentários:

  1. Eu sou apaixonada pela poesia de guardanapo dele! Estou doida pelo livro, espero poder comprá-lo logo :D

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  2. Eu tô doida para ler esse livro, sério!
    Achei lindo, já vi algumas tirinhas na net! Lindo demais!
    Beijo, lindões :*

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  3. Eu me amarro em poesia. Também sou viciado em imagem. Uniu os dois aí achei o Antônio..rsrsrs. Muito bacana a ideia. Tinha visto este texto semana passada, mas estava postando sobre os parceiros. Eu também quero o livro. Abraços. Valeu pelos comentários.

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